A evolução dos remédios para tratar a obesidade
A obesidade é uma condição de saúde que vai muito além da balança. Envolve genética, hormônios, metabolismo, aspectos emocionais e até fatores sociais. Por isso, é equivocado reduzir o tratamento apenas a “força de vontade”. Em alguns casos, o uso de medicamentos pode ser um grande aliado para ajudar a controlar a fome, melhorar a saciedade e apoiar a mudança de hábitos.
👉 Ao longo dos anos, novas medicações foram surgindo e se somando às opções já existentes. Hoje temos fármacos que oferecem resultados expressivos.
O orlistate (Xenical®) 💊, lançado no final da década de 1990, foi um dos primeiros disponíveis. Ele age no intestino reduzindo a absorção da gordura ingerida na alimentação. Pode ser eficaz, mas costuma causar efeitos como diarreia, cólicas e eliminação de gordura nas fezes, principalmente quando a dieta tem muito teor de gordura.
Logo depois surgiu a sibutramina (Reductil®) ⚡, que atua diretamente no cérebro, aumentando a saciedade e ajudando a reduzir a fome. É um medicamento que pode ser útil em alguns casos, mas exige cuidado, pois pode aumentar a pressão arterial, causar palpitações, boca seca e insônia.
Mais recentemente, passou a ser utilizada a combinação bupropiona + naltrexona (Contrave®) 🧠. Essa dupla atua tanto no controle da compulsão alimentar quanto na redução do prazer exagerado com a comida, sendo uma boa opção para pessoas que sofrem com episódios de comer emocional. Entre os efeitos adversos mais comuns estão náuseas, dor de cabeça, boca seca e insônia.
Um grande avanço ocorreu com os medicamentos injetáveis que imitam hormônios naturais do intestino. A liraglutida (Saxenda®) 💉, aplicada diariamente, envia sinais de saciedade ao cérebro e retarda o esvaziamento do estômago. Além de ajudar na perda de peso, também auxilia no controle do diabetes tipo 2 e oferece proteção cardiovascular, embora possa causar náuseas, vômitos ou constipação.
Com a chegada da semaglutida (Ozempic® / Wegovy®), a adesão ao tratamento ficou mais prática, já que é aplicada apenas uma vez por semana. Ela atua de forma semelhante à liraglutida, mas apresenta resultados ainda mais expressivos na perda de peso, com efeitos colaterais parecidos, geralmente bem controlados com ajuste de dose.
A mais recente novidade é a tirzepatida (Mounjaro®) 🌟, também de aplicação semanal. Diferente das anteriores, ela imita não apenas um, mas dois hormônios do intestino, ampliando o efeito sobre a saciedade e o controle da glicemia. Os estudos mostram resultados muito animadores ✨, embora também possa causar sintomas gastrointestinais no início do tratamento.
🌿 Um ponto importante: todos esses medicamentos só trazem bons resultados quando combinados a mudanças no estilo de vida — como alimentação equilibrada 🥗, prática de atividade física 🤸♀️, sono adequado 😴 e cuidado com a saúde mental 🧘♀️. Eles não são soluções mágicas ✨, mas podem ser ferramentas valiosas quando usados com acompanhamento médico.
👩⚕️ Como médica de família, meu papel é olhar para você de forma integral, sem julgamentos, entendendo sua história e seus objetivos. Se você tem interesse em conhecer melhor essas opções e descobrir qual se encaixa no seu caso, agende uma consulta 📅. Juntos, podemos construir um plano seguro e personalizado para o seu bem-estar 🌸.